oh joia (como me disseram hoje um homem bué de strange na fila do supermarket) deixa-te disso. qualquer dia vai tudo com o acopalipse... enfim não entendi. Mas deve ser mais ou menos: aproveita a vidinha.
Eu apostava o meu doutoramento em como essa possibilidade, além de possível, é muito provável.
Se pudesses reler o teu blog, de uma só vez, distanciando-te um pouco de ti mesma…
Se te lembrasses, com maior frequência, de uma das formas básicas de processamento de informação por parte do cérebro [focagem subconsciente de informação repetida]...
...talvez tudo fizesse mais sentido.
Disse J. Bailey, e eu concordo (daí a citação que se segue), que «A primeira e pior de todas as fraudes é enganar-se a si mesmo. Depois disto, todo o pecado é fácil.» E na observação distante, de alguém que te lê imparcialmente, eu diria que a quantidade de mentiras que contas a ti mesma é impressionante.
Não estás presa a Portugal, não estás presa a casa, tampouco estás presa à tese. Se quiseres mesmo abdicar de tudo isso, abdicas. Se não o fazes é precisamente porque és inteligente ao ponto de concluir que neste momento não é a melhor opção. Então, se estás a viver a melhor opção, qual o motivo do desespero? Não estares a viver ainda novas metas, novos desafios? Tens todo o tempo do mundo para os desenhares, traçar estretégias e, a partir delas, avançar. Estás a viver a sequência certa, independentemente de ser ou não a tua preferida. Por mais interessante que fosse começar a tese pela Conclusão (afinal é esse o propósito de todo o trabalho desenvolvido: tirar conclusões) tens muitos capítulos a acrescentar primeiro. Se quiseres contrariar esta verdade, o Júri Científico (aka, Vida) pode decidir-se a reprovar-te. Então... vive a sequência, aproveita-a, desfruta-a dentro do possível, já que não a podes contornar.
E já que estou virada para as citações... Disse também um tal de Arthur Bloch que "Qualquer simples problema se pode tornar insolúvel se for feito um número suficientes de reuniões para o discutir... ". Lendo atentamente os teus posts, eu diria que é exactamente o que tu fazes (sozinha, connosco,...) pelo que esta teoria se confirma =P
É por tudo isso que, apesar de não ser da minha conta, estou agora a comentar o que publicas… E neste momento tudo o que me cruza o pensamento, em jeito de rodapé luminoso, é: E se quebrasses essa linha de pensamento, tendo em conta que a estratégia não te está a trazer os resultados esperados, e tentasses uma nova abordagem, Claúdia?
Se alguma coisa a nossa profissão nos ensina é, precisamente, a "reformular" quando as coisas dão errado. Não interessa perceber porque não resultou, quando toda a teoria que reunimos nos faria jurar que daria certo (sublinho a palavra "teoria"). Interessa reformular o plano rapidamente e passar à acção novamente, antes que o nosso orientador perceba.
P.S: Sim, isso inclui parares de dizer mal da tese, dos computadores, da Vida, dos futebolistas, …
Vá, podes manter o "alvo FCT" para que a mudança não seja demasiado radical ;)
Beijinho e Inspiração renovada! De quem faz claque por ti, Ana
Nem imaginas o quanto gostei das tuas palavras! Sei que tens toda a razão no que dizes, mas quantas vezes estamos tão toldados pelos nossos pensamentos e vontades que não queremos/conseguimos ver o óbvio?!
Eu sempre fui uma pessoa que "sempre quis tudo para ontem"; se se me mete uma ideia na cabeça, esta tem imediatamente de começar a ganhar forma e pernas para andar! Sempre fui muito apressadinha e deixa-me frustrada o facto de não conseguir as coisas o tão imediatamente como eu quero.
Quando regressei a Portugal, já tinha a vontade, o desejo e a determinação de acabar o doutoramento e regressar de uma forma ou outra à Suíça; sabia que isso ia levar o seu tempo (ainda tinha parte prática para fazer e todo o processo dos artigos e tese). Ao olhar para trás, vejo que desde que regressei (há 10 meses) já acabei a parte prática, já escrevi os artigos e estou na fase final da escrita da tese - que conto ter pronta para correcções no fim do mês, princípios de Setembro... Afinal, já fiz muita coisa, tendo em conta que pensei mesmo que o processo fosse ser bem mais demorado!
Mas lá está, este meu (mau) feitio de querer que tudo aconteça depressa, não me deixa viver a vida - que, tendo como base de comparação o quão feliz fui em Zurique, aqui não é lá muito prazenteira!
Agradeço-te de coração o teu comentário; "abriu-me" de certa forma os olhos, permitindo-me ver as coisas de outra forma e, além disso, foi muito bom sentir o teu apoio...
Espero que continues "desse lado" e que tudo te esteja a correr bem!
4 viagens:
oh joia (como me disseram hoje um homem bué de strange na fila do supermarket) deixa-te disso. qualquer dia vai tudo com o acopalipse... enfim não entendi. Mas deve ser mais ou menos: aproveita a vidinha.
Moon:
lol
O acopalipse é lixado!
Eu apostava o meu doutoramento em como essa possibilidade, além de possível, é muito provável.
Se pudesses reler o teu blog, de uma só vez, distanciando-te um pouco de ti mesma…
Se te lembrasses, com maior frequência, de uma das formas básicas de processamento de informação por parte do cérebro [focagem subconsciente de informação repetida]...
...talvez tudo fizesse mais sentido.
Disse J. Bailey, e eu concordo (daí a citação que se segue), que «A primeira e pior de todas as fraudes é enganar-se a si mesmo. Depois disto, todo o pecado é fácil.» E na observação distante, de alguém que te lê imparcialmente, eu diria que a quantidade de mentiras que contas a ti mesma é impressionante.
Não estás presa a Portugal, não estás presa a casa, tampouco estás presa à tese. Se quiseres mesmo abdicar de tudo isso, abdicas. Se não o fazes é precisamente porque és inteligente ao ponto de concluir que neste momento não é a melhor opção. Então, se estás a viver a melhor opção, qual o motivo do desespero? Não estares a viver ainda novas metas, novos desafios? Tens todo o tempo do mundo para os desenhares, traçar estretégias e, a partir delas, avançar. Estás a viver a sequência certa, independentemente de ser ou não a tua preferida. Por mais interessante que fosse começar a tese pela Conclusão (afinal é esse o propósito de todo o trabalho desenvolvido: tirar conclusões) tens muitos capítulos a acrescentar primeiro. Se quiseres contrariar esta verdade, o Júri Científico (aka, Vida) pode decidir-se a reprovar-te. Então... vive a sequência, aproveita-a, desfruta-a dentro do possível, já que não a podes contornar.
E já que estou virada para as citações... Disse também um tal de Arthur Bloch que "Qualquer simples problema se pode tornar insolúvel se for feito um número suficientes de reuniões para o discutir... ". Lendo atentamente os teus posts, eu diria que é exactamente o que tu fazes (sozinha, connosco,...) pelo que esta teoria se confirma =P
É por tudo isso que, apesar de não ser da minha conta, estou agora a comentar o que publicas… E neste momento tudo o que me cruza o pensamento, em jeito de rodapé luminoso, é: E se quebrasses essa linha de pensamento, tendo em conta que a estratégia não te está a trazer os resultados esperados, e tentasses uma nova abordagem, Claúdia?
Se alguma coisa a nossa profissão nos ensina é, precisamente, a "reformular" quando as coisas dão errado. Não interessa perceber porque não resultou, quando toda a teoria que reunimos nos faria jurar que daria certo (sublinho a palavra "teoria"). Interessa reformular o plano rapidamente e passar à acção novamente, antes que o nosso orientador perceba.
P.S: Sim, isso inclui parares de dizer mal da tese, dos computadores, da Vida, dos futebolistas, …
Vá, podes manter o "alvo FCT" para que a mudança não seja demasiado radical ;)
Beijinho e Inspiração renovada!
De quem faz claque por ti,
Ana
Ana:
Nem imaginas o quanto gostei das tuas palavras! Sei que tens toda a razão no que dizes, mas quantas vezes estamos tão toldados pelos nossos pensamentos e vontades que não queremos/conseguimos ver o óbvio?!
Eu sempre fui uma pessoa que "sempre quis tudo para ontem"; se se me mete uma ideia na cabeça, esta tem imediatamente de começar a ganhar forma e pernas para andar! Sempre fui muito apressadinha e deixa-me frustrada o facto de não conseguir as coisas o tão imediatamente como eu quero.
Quando regressei a Portugal, já tinha a vontade, o desejo e a determinação de acabar o doutoramento e regressar de uma forma ou outra à Suíça; sabia que isso ia levar o seu tempo (ainda tinha parte prática para fazer e todo o processo dos artigos e tese). Ao olhar para trás, vejo que desde que regressei (há 10 meses) já acabei a parte prática, já escrevi os artigos e estou na fase final da escrita da tese - que conto ter pronta para correcções no fim do mês, princípios de Setembro... Afinal, já fiz muita coisa, tendo em conta que pensei mesmo que o processo fosse ser bem mais demorado!
Mas lá está, este meu (mau) feitio de querer que tudo aconteça depressa, não me deixa viver a vida - que, tendo como base de comparação o quão feliz fui em Zurique, aqui não é lá muito prazenteira!
Agradeço-te de coração o teu comentário; "abriu-me" de certa forma os olhos, permitindo-me ver as coisas de outra forma e, além disso, foi muito bom sentir o teu apoio...
Espero que continues "desse lado" e que tudo te esteja a correr bem!
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