segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pobres mas felizes!

Acerca desta notícia, destaco o brilhantismo dos comentários dos Portugueses "felizes":

'Será que esta "felicidade" não é mais uma manobra numérica de interesse político!!? Estamos cercados pelo efeito do preconceito de sermos inferiores aos outros...mas há uns génios que até conseguem fazer milagres em sustentar uma famíla de 3 a 4 pessoas com uns míseros 900€ que mal chegam para pagar a habitação/educação/alimentação/saúde..enfim ficam a dever ao banco...mas lá se vão aguentando com a ajuda familiar. Reflectindo melhor...por onde anda o dinheiro...será que os bancos capitalizados pelos grandes patrocinadores do poder, não serão os verdadeiros devedores do estado/povo? Mas o estado prefere confortavelmente sacrificar o povo do que antes fazer cumprir as leis que se embaraçam na procura anárquica e acutilante do poder. Por outro lado a dita sociedade está cega, perfere contar tostões, ver futebol, opinar de galo e borrifar-se para tudo isto.....não vota e pronto...depois lixa-se! Em Portugal o político é considerado sumptuosamente e erradamente uma profissão, é enervante achar-se que o político é intocável e autoritário, e ainda por cima acha que o povo tudo lhe deve. O poder insiste em manter as coisas como elas estão, procurando uma desculpa ou um culpado!?' [Pedro Grácio]

E também este:

'Mais uma encomenda. Cada um dos tristes portugueses se está a perguntar onde estão esses felizes portugueses? Devem fazer parte do governo.... ou ser gestor de algum banco.... porque evitam de vir com fantochadas e estudos encomendados que nós os verdadeiros portugueses sabemos que é só tristezas em cima de tristezas.. é o pais da amargura e quem mais trabalha mais amarga!' [Maria]

3 viagens:

M 30 de junho de 2009 às 08:40  

Sabes, eu trabalho diariamente cerca de 11h para ter um salário ao final do mês que me permite ter uma vida confortável e com alguma qualidade. Não posso fazer grandes viagens, nem comprar roupas da marca x ou y, mas naquilo que entendo ser importante posso gastar e ser feliz. Bem sei que a miséria é muita, mas também eu li uma reportagem sobre as crianças e a internet e num dos exemplos retratava um casal com 2 filhos, bons empregos e que não lhes davam tudo o que eles desejavam, como telemóvel, últimos jogos da computador, internet a toda a hora, etc, no outro caso, ele desempregado, ela empregada de limpeza e não faltava nada ao filho (refiro-me aos luxos). Por isso, penso que alguns são de facto felizes, apesar de pobres, pois não precisam de muitos bens materiais para se sentirem assim, valorizam outras coisas.

cipereira 30 de junho de 2009 às 12:31  

Allie, mas eu não digo o contrário; bem sei que a felicidade somos nós quem a fazemos, depende de nós... E de facto há pessoas que procuram a felicidade em coisas, que enfim...

O que eu quis mesmo mostrar com este texto foi o oportunismo (ou não) e o timing do estudo... Ou então a forma como a notícia é dada. Eu desconfio sempre destes "estudos" até ver os dados bem apresentados, os indicadores considerados, as variáveis em estudo, o universo da população, etc... Porque é muito bonito dizer que foi o CET/ISCTE que fez o estudo, que o ministro Vieira da Silva e mais uma panóplia de gente vão apresentar os resultados e limitam-se a uma notícia com meia dúzia de valores percentuais, sem contexto absolutamente nenhum!

E o povo Português fica (ainda mais) feliz, porque afinal até nem estamos assim tão mal!

JB 1 de julho de 2009 às 22:08  

Eu não consigo é perceber como é que há tanta gente com carros topo de gama... Será que toda a gente é chefe ou administrador de alguma coisa :S
Eu com um carro daqueles pagava a minha casa, que provavelmente vai dura-me a vida inteira para a pagar...


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